A Injustiça humana tem sido farol
colocado no fundo do abismo.
Desde os tempos mais remotos da
História Bíblica até a nossa história contemporânea, lemos
passagens em que os homens algumas vezes
falharam. Cretinice? Falta de bom senso? Covardia? Ambição?
Intrigas políticas e religiosas? Pura maldade... Perseguição
aos inimigos? Desprezo às leis dos homens e a de Deus?
Hipocrisia? Talvez um ou mais... Ou todos estes fatores,
determinem este comportamento humano milenar.
Fatos corriqueiros em qualquer País do
mundo, desde que haja Pena de Morte e desrespeito aos direitos
humanos.
Inventaram até que a Justiça é cega!
Mas na verdade ela enxerga com nitidez apurada quando quer,
somente é cega quando é parcial. Talvez por ser
conveniente... Parece que a justiça
está enquadrada nas leis das
probabilidades.
Vejamos apenas dois casos célebres um acontecido há mais de dois mil anos; o outro quase dois mil e
quinhentos anos a. C. ambos desafiam o esquecimento e o tempo... Demonstrando bem a justiça dos homens. O caso da crucificação
de Jesus e o da condenação de Sócrates!
A condenação de Jesus... Foi
ilegal desde o começo segundo as próprias leis em vigor, não
foi apresentada ao Sinédrio nenhuma acusação formal dos crimes
cometidos, para que fosse emitida uma ordem de prisão; logo a
prisão se efetuou sem nem uma ordem legal. Jesus jamais foi
informado dos seus crimes e nem poderia ser... Pois não
havia cometido crime algum. A prisão aconteceu a noite e envolveu
uma traição – tudo proibido segundo as leis em vigor nessa época.
O código penal da época, o Mishna
afirmava que um delito capital só podia ser julgado durante o
dia, mas devia ser suspensa a noite. Tudo foi ilegal: a prisão,
a falta de depoimentos convergentes, o julgamento na véspera do
Sábado, a presença de inimigos no tribunal, o uso das palavras
do próprio prisioneiro para condená-lo, o veredicto unânime, a
inexistência de sentença formal. Pode-se relembrar as palavras de Cristo -
quando algum inocente for acusado e condenado injustamente
sou Eu Quem está sendo novamente julgado e condenado - assim é
possível concluir porque Ele disse: Eu estarei convosco até o
final dos tempos.
Vejamos a apologia de Sócrates segundo Platão (469-399 a.C.)
: - "mas, também vós, juízes, deveis encarar a morte
cheios da justa esperança, e ter presente que ao homem bom não
lhe acontece nada mau nem na vida nem na morte e que a sua sorte não
é indiferente aos deuses. Assim também a mim não toca agora por
azar este destino; dou-me conta de que para mim é melhor morrer e
desfrutar, por fim, a tranqüilidade e a paz.
Tal
é também a razão de que
a voz
não me tenha prevenido contra nada, e não sinto exasperação para com os que
me condenaram nem para com os meus acusadores. Claro que não me
condenaram e acusaram, respectivamente, guiados por tal intenção,
mas com o propósito de causarem-me dano. Mas lhes rogo -
vingai-vos de meus filhos, quando forem grandes, importunando-os
da mesma maneira como vos tenho importunado! Quero dizer: se vos
parecer que aspiram à riqueza ou outra coisa mais que à virtude
e se pretendem ser algo que na realidade não sejam, admoestai-os
como eu os admoestei por não se preocuparem com aquilo que lhes
cabe e pretender ser algo que na realidade não são! Se fizerdes
isto, tereis procedido comigo e com meus filhos tal como o temos
merecido. Mas já é hora de que nos
vamos, eu para morrer e vós para viver. Qual sorte é melhor, se
a vossa ou a minha, isto só o sabe o Deus."(Titãs).
Edvaldo
Feitosa
(Direitos autorais reservados nº 180859)
* Fundação Biblioteca Nacional *
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A justiça humana é um
bambolê!
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