Premissas
do Acaso Paradoxo
Parece grande tolice
acreditar no destino, nesse caso a vida também seria um universo regido por leis determinantes, as quais distribuiria a cada
um, o seu lugar, essencialmente correlacionado, com o interesse da engrenagem do
todo.
Seria uma grande injustiça tantos já nascerem determinados a ser párias... Tão poucos a ser rei. Em verdade ninguém sabe se alguém nasce
determinado a ser pária, mas a ser rei é cargo hereditário. O filho mais
velho do sexo masculino já estava e está
predestinado a ser rei, mesmo antes de ser gerado.
Isto é um fato incontestável e ainda acontece hoje... Senão para ser
um pária. Contudo para ser rei. Algumas pessoas já são
predestinadas, sem mérito pessoal algum, a não ser o de vir a nascer filho de
um rei, ou de uma rainha, que reinou no lugar do rei.
É certamente estranha a lógica humana, mas ela é a lógica dos
poderosos que, acaba sendo a bússola
do seu tempo.
Sem esquecer que certos seres só conseguem viver na lama
ou na areia, outros na água, alguns têm estágios de vida múltipla,
muitos voam a velocidades e alturas diferentes e certas espécies só conseguem
sobreviver nas maiores profundidades dos oceanos... Vida
intrigante, universo indecifrável, mistérios insondáveis pela mente
humana.
Os destinos humanos também seguem a mesma lógica,
ou seja - lógica nenhuma. Sabe-se do caso daquele magnífico Jogador de
“Beisebol” que faltava às aulas, para jogar as suas peladas e que depois se
tornou ídolo mundial, enquanto os seus colegas que estudavam com afinco,
conseguiram entrar para Universidade - até na Faculdade de Medicina...
Tornaram-se pobres médicos e médicos pobres... Sem renome mundial e nem mesmo
nacional, sujeitos a salários humilhantes, a uma velhice angustiante e
incerta... Enquanto o já citado jogador -
por mérito, o melhor jogador do mundo, só conheceu a glória, a riqueza
e a fama.
Não se discute o direito do jogador merecer todo ás glórias, o que se
estranha é por quais motivos os
estudiosos e os trabalhadores não têm o mísero direito de pelo menos sobreviverem
dignamente.
Não é desejo do
escrevinhador, fazer apologia do destino,
mas como negar que em alguns casos,
acontecimentos existenciais... Torna a explicação contrária muito difícil.
É verdade que alguns poucos nascem pobres e morrem milionários, os métodos
utilizados para alcançar essa meta são inúmeros... Desde o golpe do Baú, o
futebol, a televisão (ser cantor ou ator - ou apresentador), os corruptos
e corrompidos em geral da política, polícia, da magistratura. Cabe
ressaltar - Mega Sena e acasos imprevisíveis.
Também, os modelos que se vestem ou
se despem; os traficantes, os aliciadores, os contrabandistas, os banqueiros, (inclusive
os do jogo do bicho!), os sonegadores
e os padrinhados... Dizem que existem até poucos que conseguem alçar esse vôo
tão difícil de maneira honesta! E é verdade podemos citar como exemplo o
"Companheiro", embora este caso seja exceção e aconteça, talvez, poucas vezes na
história Humana.
E dizem também, que, mesmo os que conseguem, chegar a esse patamar altaneiro
de maneira honesta... Confessam que em algum momento - foi preciso acontecer
algo fora do seu controle, além do seu esforço pessoal, contou com uma ajuda
inexplicável, uma misteriosa intuição, uma força desconhecida, um impulso quase que misterioso,
a ajuda da decantada sorte - do destino, às vezes, chamado acaso ou
seja, um verdadeiro Milagre.
Seria a isso o que chamamos acaso, mas o que é o acaso?
Um raro acontecimento inexplicável? Um mistério indecifrável? Uma força
real, mas invisível... Ou visível? Qual seria o seu verdadeiro – nome. Enigma? Paradoxo? Seria realmente, grande tolice se
acreditar no destino! Ou não?
Ou tudo não passa de premissas semeadas nos cosmos ao sabor das intempéries do
caprichoso e impiedoso Éter
chamado. Também vulgarmente de tempo ou Futuro.
Ou seria o acaso, o
futuro, a sorte, um relógio sem ponteiros, no qual a gente apenas seria uma
imagem virtual dos acontecimentos regidos por mistérios, os quais nos permite
apenas existir, num ciclo limitado para o ser eterno no - vir a ser.
Edvaldo Feitosa
(Direitos autorais reservados)
* Fundação Biblioteca Nacional - Registro nº 180859*
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