“Velho”? “Terceira Idade”
Maquilaram
a hipocrisia com estes apelidos inconsequentes.
Os
problemas não são os anos vividos... Sim as condições de sobrevivência!
É
rico ou pobre? Exerce alguma forma de poder?
É
inteligente?
Eis
as varinhas mágicas que tudo transformam.
Os
poderosos e os ricos são Reis absolutos e tudo têm e podem tudo... Mas às
vezes, não sabem e nem podem amar, por lhes faltarem tempo ou anseios ingênuos,
como olhar a lua ou colher uma rosa.
A
classe média ainda consegue algo e os outros estes apenas sobrevivem... Como
eles mesmos dizem: como Deus permite, mas será que Deus tem algo a ver com a
miséria humana?
Para
os que não têm poder nem somas fabulosas restam os sonhos de felicidades...
E
os sonhos estão entre as poucas coisas realmente democráticas.
Quantos,
mesmo além dos 50 anos, não se deleitam com amantes Lindas... São os chamados
coroas desfrutáveis.
Porém
é preciso muita coragem e ser um pouco louco, para não recear os comentários...
Os
invejosos, os covardes e os moralistas vão ao desespero e os rotulam de Barões,
financiadores das jovens acompanhantes (“Em todo boato sempre há um fundo de
verdade”).
Porém
quem já passou dos 50 anos, tem o dever de saber que em qualquer idade, tudo
tem um preço: material ou emocional ou a esperança de um futuro em segurança...
Portanto,
tudo se resume em não ser bobo e pagar mais do que recebe (a partilha maior que
se faz com uma mulher não seria uma aliança de casamento?)
O
amor é uma troca inevitável aonde à felicidade é a única jóia rara que
importa?
Há
um problema crucial... Quem se sente mais ou menos aos 50 com o sexo dos anjos,
deve procurar o amor eterno. E não existe oásis mais apropriado que o doce lar
no colo da adorada esposa que algumas vezes mal o suporta.
Todavia,
até por comodismo, não lhe negará uns afagos desinteressados, porém,
convenientemente, cúmplices.
Mas
se o Tesão ainda pulsa em todos os sentidos, certamente o amor brotará (e não
se procure sujeira onde tudo é o mais puro cristal)...
Porque
a paixão surge com o mesmo ímpeto em qualquer idade e não está regida por
leis ou tabus escritos em qualquer livro religioso ou de filosofia...
Nem
liga para os sarcásticos deboches movidos pela hipocrisia humana.
Sem
dúvida as jovens atuais (e vice-versa), estão escolhendo e sendo escolhidas
por homens, digamos. Maduros - e, talvez algumas mulheres balzaquianas sonhem com
garotões!
Não
se procurem culpados (nem eles, nem elas)... É a natureza por um lado
amadurecendo as jovens e por outro rejuvenescendo o “velho”.
E
neste jogo de amor elas confessam segurança jurando um amor eterno no momento
do orgasmo e eles felizes se deliciam com os segundos de juventude gozados nos
braços das suas amadas.
Então,
nivelam-se, vivem momentos inesquecíveis e cúmplices... Ambos na segunda
idade, ou melhor, esquecem o tempo porque o tempo é o relógio da morte ou dos
equívocos da eternidade.
Elas
com as suas carnes tenras, a languidez da sua juventude e as suas almas quase
virgens, ofertam ilusões alucinantes e realizam fantasias jamais imaginadas, nem
mesmo por um homem da “Terceira idade...”
Levando
este homem a uma linda quimera de amor que ele sabe ser uma grande ilusão e nem
se preocupa por já estar desolado com as verdades da vida, no dia-a-dia.
Enquanto
não se perde o Tesão, consegue-se “namoradinhas”, não importa a idade,
quando se tem um coração cheio de amor e, uma alma de carne... Olvida-se tudo,
embora exista uma idade cronológica inexorável que depende do tempo, feitor do
ciclo da vida.
Os sonhos de felicidade são constituídos de ilusões
alimentadas eternamente pela a esperança.
A vida
é uma ilusão colorida pelas quimeras de matizes... Com as cores da eternidade
dos sonhos cosmológicos a velejarem além dos finitos e dos infinitos.
O tempo
é mero relógio a marcar a velocidade dos séculos... O amor é o oxigênio da
vida e a bússola da ilusão voando nas asas dos sonhos para além do possível
para alcançar o impossível!
Desobedecendo
as leis da Física e desmistificando os cálculos matemáticos das
probabilidades relativas... No ciclo casual do vir ou não vir a ser.
O homem
maduro vive o amor mais intenso com a sua namoradinha porque decifrou as frases
enigmáticas do Rei Salomão! “Tudo é vaidade e vento que passa... Vaidade
das vaidades - tudo somente vaidade.”
Compreendeu
a única verdade e sabedoria imprescindível para viver...
A vida
é curtíssima e o amor é a única coisa que transforma as existências dos
sonhos finitos em esperanças infinitas... Em ilusões avassaladoras e quimeras
senhoras do tempo.
E nas
asas do etéreo tenta desvendar mistérios eternos e humanos, como os encontros
dos amantes.
Viva
os homens e mulheres despreocupados/as com a idade e a morte! A deliciarem-se com a vida e o
amor... Capazes de viverem as verdades das ilusões... Exatamente iguais às
ilusões das verdades.
Edvaldo Feitosa
(Direitos autorais reservados sob o nº 180859)
* Fundação Biblioteca Nacional *
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