Poema escrito entre 26 e 29 anos.
Formatado e declamado em 14/08/2012
Modificação para o melhor
alinhamento possível.
Poesias Etográficas
Poesias Etográficas
AMOR TOTAL
Hoje quero cantar o amor como nunca fiz,
Para você rosa, mais linda, do meu jardim,
Gozar paixão, máxima, como sempre quis,
Porque a minha alma só sabe, viver assim,
E quero cantar, o amor, mais desesperado,
Com toda a ingenuidade que a alma quiser,
Viver agora o presente, futuro e o passado,
Tudo, do prazer que, ao meu amor - convier,
Pois nessa vida tudo é apenas uma ilusão,
Portanto ideal é viver o máximo que puder,
Seguindo, apenas, os ditames, do coração,
E sem ligar jamais, para nenhuma censura,
Iniciar beijando, premeditadamente, a mão,
Como se fôssemos ingênuos principiantes,
Camuflando a malícia, mais ardente e, pura,
Como sabem fazer os românticos, amantes,
Início acariciar carinhosamente, os cabelos,
Beijar os olhos, como quem beija, uma rosa,
Assoprar nos ouvidos palavras de desvelos,
Lamber nuca como um louco assaz faminto,
Para depois... Chegar aos lábios, saborosos,
Brotando lava do vulcão que parecia extinto,
E na boquinha linda momento eterno crucial,
Antes de chegar aos pomos mais deliciosos,
O beijo de língua, que, remexa - as entranhas,
Vai deixar a parte, mais sublimada, louquinha,
Você amor, sentir mais sensações, estranhas,
A umidade, descer, fluentemente, na calcinha,
E, depois, parar uns dez minutos - no umbigo,
Premiar essa ânsia, uma espera, tão sonhada,
E as coxas indóceis - esperando, o prometido
Ouvir você suplicar - amor - quero ser beijada,
Então carinhosamente como num terno verso,
Recomeçar pelas unhas até a linda cabecinha,
Seguir pelos pés o caminho delicioso, inverso,
Realizando toda sublime fantasia, tua e minha,
Voltar ao ponto - um palmo abaixo, do umbigo,
E, para o prazer não ser torturante e, perverso,
Não transformar este doce, prazer, em castigo,
Fazer como Bilac, em seu soneto controverso.
Edvaldo Feitosa
Raimundo Edvaldo Feitosa
(Direitos Autorais Reservados sob o nº
180859)
* Fundação Biblioteca Nacional *
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