Poema formatado e declamado em 27/11/2011.
Modificação para o melhor alinhamento possível.
Poesias Etográficas
Os loucos
Não descreia do Homem - meu amigo
Mas não creia... Em todos, certamente
Extremos, quase, sempre, são perigos
Há o coração de anjo, e, o de serpente
Se quer uma prova - irrefutável, a mais
Analisas o passado e, verás o presente
Comparas vilanias - cruéis de Barrabás
Veja a semelhança, com o mais recente
Entre a santidade e, a ternura de Jesus
O Barrabás foi o preferido e o, libertado
E, o santo inocente - Jesus, crucificado
Pois uma autoridade - mandou prender
Mas o outro - poderoso, mandou soltar
E, como é tão difícil - até, compreender
Mas o ingênuo é não se saber o porquê
E é quase... Impossível, de se acreditar
Agora, o político apareceu - algemado,
Ele, roubou - ou não roubou - bilhões?
E, se foi milhões, mas está... Provado?
Por que o homem - foi tão humilhado?
Mas se roubou, por que foi - liberado?
Justiça é o rol, de instâncias - e varas,
Jogada verdadeira ou - farsa inglória?
Até parecia verídica e séria - a história
Mas se todos são iguais, perante, a lei
Isso se transforma, numa cena, hilária
Até parecendo, uma piada, mercenária
Terá o desfecho hilário isso eu não sei
Não parecia apenas, ser balela ilusória
Nem brincadeira, entre o palhaço e rei
Dei a mão ingenuamente, à palmatória
E tantas coisas um dia quase acreditei
Não roubou é pior e piada de mau gosto
Roubou? ‘Que país é esse minha gente’
É levar uma cusparada - em pleno rosto
Haja ilusão para continuar ainda crente
Como realmente - um último, por do sol
Um universo e, ou um país já sepultado
Brincadeiras, de poucos... Debochados
Deusa da justiça - tem olhos, vendados
Num hospício, procuro à lógica da razão
Ao meu lado um colega, jura ser Moisés
Outro diz convicto, ser o justo, Salomão
E um vestido, de rei da cabeça, aos pés
Penso com juízo mesmo, esses poucos
Mas - ainda julgam, com rara, sabedoria
Rindo, estão enterrando é a democracia
Os internos são os chamados, “loucos”
Perguntei o que
fazer, com a lei esquife
Responderam rápidos, pareciam felizes
É mesmo bandido? Prenda-se, o patife!
Se não, urgentemente, a polícia e juízes
Os únicos sadios, seriam, esses poucos
Concluo pela resposta sábia, são loucos
Não sabem da hipocrisia, da sinceridade
Como prender as mais altas autoridades.
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