Soneto
Tu trazes conchas de
amor a cada dia
Feitas de abraços e beijos ardentes,
Sensuais às horas inda mais quentes
Nas noites do teu corpo em liturgia.
E eu, languescente de teu olhar moreno,
Visto-me de colares, qual sereia nua,
Perolada por ti sob cordões de luas
Acetinadas de carícias em teu sereno.
Como se fora possível amar-te bem mais
Calcificante em meus claros e escuros
Até ser sonho imperial em teu sorriso.
E
entreabro meus braços com teus ais.
Divinizo em tua boca o quanto procuro.
O' Poeta, és amor rubro que cataliso!
Vilma Piva
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