CAMINHAR
São tantos os caminhos que se pode caminhar,
Para cima, para baixo, a todo ou lugar nenhum,
As centenas de passos, muito pouco ou algum,
A máxima velocidade ou mínima e bem devagar,
Caminhar no
diapasão da expansão do universo
Na lentidão da velha tartaruga, entrando no mar,
Com a sublimidade da grandeza do amor a amar
Ou sobre avesso, do interno externo do reverso,
E podemos estar caminhando no tempo parado,
Com uma velocidade zero, em tempo disparado,
Ou talvez, caminhar dum mistério, sem caminho,
Ou caminhar
no tempo desejado do caminhado,
Na multidão ou terrível solidão, sem lado a lado,
E o mais triste do caminho, é caminhar, sozinho.
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