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Soneto escrito entre 26 e 29 anos. Formatado e declamado
em 23/01/2012.
Modificação para
o melhor alinhamento possível.
Poesias Etográficas
Soneto 34
Voltarás
Voltarás como manhãs após sonolenta madrugada
Não esquecerás nunca as nossas loucuras sensuais
Êxtase eterno. Além de nós dois não existiam nada
Imenso e insatisfeito nada - o tudo, desejando mais
Não passará assim, como águas puras, da nascente
A renovar ciclo da vida no mistério da interrogação
Voltarás, pois nós dois, eu e tu é que forma a gente
Nos órgãos do sangue conectados num só coração
Voltará consciente, ser a felicidade o tudo e, o nada
Após haver sentido quanto dói à dor não vale a pena
Atirar pérolas aos porcos e depois se queixar da vida
Deves haver sabido, o quanto era belo, ser tão amada Um grande amor é difícil, mas é o mais sublime tema
É minha certeza, hás de voltar, voltarás, minha querida.